Economia

Instituição Financeira auxilia crianças a entenderem a importância do dinheiro e organizar gastos

Por meio de ações em escolas e histórias em quadrinhos da Turma da Mônica, o Sicredi usa o lúdico para ensinar educação financeira desde a infância

O Dia das Crianças está entre as datas mais importantes do varejo em todo o país. O mercado aproveita o momento para impulsionar fortemente as vendas para o segmento infantil, destacando-se os setores de vestuário e calçados, além das lojas de brinquedos e eletrônicos. No meio de tudo isso, a criançada é estimulada a comprar e ganhar presentes, mas será que os pequenos entendem a importância de fazer um consumo consciente?

Visando levar educação financeira para as crianças, que estão em uma fase crucial de formação de conceitos comportamentais para a vida adulta, o Sicredi, Instituição Financeira Cooperativa presente em todos os estados e no Distrito Federal, com mais de 6 milhões de associados, desenvolve ações para levar o tema de forma leve e adaptada para a idade e o nível de conhecimento de cada criança.

Nas agências locais do Rio Grande do Norte, o Sicredi distribui gratuitamente gibis da Turma da Mônica que ensinam, de forma lúdica, as crianças a terem noção de futuro, dando ferramentas para escolhas sustentáveis, ensinando-as a organizar, planejar e ter autocontrole. Além disso, as histórias também são disponibilizadas através de uma série de vídeos e um site especial com brincadeiras online.

O projeto é desenvolvido através do programa Cooperação na Ponta do Lápis e tem parceria com a Mauricio de Sousa Produções. Nos vídeos e brincadeiras, os personagens passam, de forma divertida, lições sobre educação financeira para incentivar uma conversa leve sobre o tema entre adultos e crianças. O programa foi criado com o objetivo de transformar a vida financeira das pessoas, levando mais informação, conhecimento e boas práticas para melhorar a relação com o dinheiro.

Além do projeto em parceria com a Turma da Mônica, o Sicredi ainda realiza, através das cooperativas, ações dentro das comunidades onde tem atuação, a exemplo de bate-papo em escolas, apresentações teatrais, oficinas e palestras que ensinam os pais a tratarem sobre o tema dentro de casa e ajudam os pequenos a entenderem a origem do dinheiro, orçamento familiar e como funcionam compras à vista ou a prazo.

“O melhor presente que podemos dar às crianças, cidadãos do futuro, é a educação, incluindo a financeira. Assim, por meio do nosso Programa Cooperação na Ponta do Lápis, em atividade durante todo o ano, transmitimos conhecimento para a criançada, que passa a melhor se relacionar com o dinheiro e com o consumo consciente”, afirma Ricardo Passos, diretor de Desenvolvimento da Central Sicredi Norte e Nordeste.

 Especialista reforça: educação financeira é importante desde muito cedo

Conversar sobre o assunto e ensinar, por meio de pequenos desafios e atitudes, é a melhor estratégia para criar um comportamento positivo em relação ao dinheiro.
Engana-se quem pensa que educação financeira se resume a dar mesada. Ela é muito mais do que isso: é ajudar as crianças a ter noção de futuro; é dar ferramentas para escolhas sustentáveis; indicar limites e disciplina; ensinar planejamento, cooperação, organização e autocontrole.
Segundo Vera Rita de Mello Ferreira, doutora em psicologia social e consultora em educação financeira, até os 4 anos de idade, as crianças identificam a cédula, mas não têm a noção de valor. Ainda é uma brincadeira, mas já com alguma ideia vaga de compra. Entre 4 e 5 anos, elas já entendem que há coisas compráveis e que o dinheiro é necessário para adquiri-las. Mas ainda assim, não sabem a origem, acreditam que é só pegar na instituição financeira e não entendem que o cartão de crédito precisa ser pago.

Entre 6 e 7 anos, segundo a especialista, já com a alfabetização e as primeiras operações matemáticas, elas começam a entender o valor das notas e dos objetos. Ainda não sabem ao certo o que é troco, mas já percebem que é preciso trabalhar para ter dinheiro. Muitas vezes, ao comprar alguma coisa, esperam pelo troco apenas pelo ritual da operação.

Dos 7 aos 10 anos, o conceito de troco está plenamente formado e já sabem que o dinheiro que é retirado da instituição financeira precisa ser depositado lá antes. A relação trabalho versus remuneração começa a ficar mais sólida. Depois dos 10 anos, raciocínio e conhecimento básico começam a se complementar trazendo relações de causa e efeito. Elas já têm alguma noção de precificação, produção, entre outros conceitos, ainda que não totalmente formados.

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